Cadernos BAD
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<p>A revista <strong>Cadernos BAD</strong> tem por objetivo principal estimular o debate em torno de temáticas críticas no exercício da profissão, através da divulgação de sínteses de trabalhos de investigação e de reflexões aprofundadas de cariz predominantemente teórico.<br />Respondendo igualmente a necessidades objetivas de divulgação pretende também facilitar a transmissão de ideias e experiências entre os profissionais de informação, através da divulgação de projetos, de descrição de experiências, de ensaios ou de outros trabalhos selecionados, de natureza e temática variada.</p>BADpt-PTCadernos BAD0007-9421<p>Os autores que publicam nos <em>Cadernos BAD</em>:</p><ol><li>Concedem à revista o direito de primeira publicação, mantendo os direitos de autor, de acordo com os termos da <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_blank">Creative Commons Attribution</a>, que permite a partilha do texto com menção obrigatória da publicação inicial nos <em>Cadernos BAD;<br /><br /> </em></li><li>Mantêm o direito de publicar o texto noutros locais (ex.: repositório institucional, capítulo de livro, outra publicação periódica), com menção da publicação inicial nos <em>Cadernos BAD </em>e uma ligação para o sítio na Internet da revista;</li><li>Mantêm a possibilidade e são mesmo incentivados a publicar e distribuir o seu trabalho <em>online </em>(ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) antes ou durante o processo editorial, já que isso pode potenciar interações geradoras de melhoria, bem como aumentar o impacto e a citação do texto publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_blank">Efeitos do Acesso Livre</a>).</li></ol>Wikidata: Uma Fonte Aberta para a Gestão e Interoperabilidade da Informação
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<p>O Wikidata é uma base de conhecimento livre, colaborativa e estruturada que se destaca como um repositório central de dados interligados, sustentando iniciativas open data e ciência aberta. Criado pela Wikimedia Foundation para dar suporte aos projetos Wikimedia, a sua evolução levou-o ao ponto onde se assume como elemento central das redes de dados interligados, permitindo o armazenamento e a reutilização de dados estruturados para diversas aplicações, desde bibliotecas e catálogos digitais até inteligência artificial. No contexto da ciência da informação, o Wikidata apresenta-se como um recurso inovador para bibliotecas, arquivos e museus, promovendo a interoperabilidade e a acessibilidade dos dados conforme as melhores práticas. A sua arquitetura permite a ligação entre diferentes bases de dados, facilitando a normalização da informação e enriquecendo catálogos bibliográficos com identificadores únicos e referências cruzadas. Nesta comunicação, exploramos o papel do Wikidata como fonte aberta na gestão e disseminação do conhecimento. Destacamos as suas vantagens, como a atualização colaborativa e a flexibilidade na estruturação de dados, assim como desafios relacionados com a curadoria e a qualidade da informação, usando quatro casos de estudo de diferentes tipologias. </p>André Barbosa
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2025-07-272025-07-271-210.48798/cadernosbad.3092Transcritores automáticos de texto e transcrição colaborativa agilizando o trabalho de leitura paleográfica e identificação de informações textuais para acervos históricos: o exemplo do Mooc Paleografia na Rede Wiki
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<p>Esta comunicação pretende apresentar o exemplo prático do uso de transcritores automáticos de textos baseados em Inteligência Artificial como auxiliares prévios das atividades de transcrição colaborativa de manuscritos históricos realizadas durante o Mooc Paleografia na Rede Wiki, curso promovido, em 2024, pelo Wiki Movimento Brasil (WMB) em parceria com o Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB). Durante o curso, realizado na Wikiversidade, foi utilizada a plataforma Transkribus inserida na WikiSource como passo inicial para as transcrições de documentos referentes à Revolta dos Malês, o mais importante levante de escravizados africanos que ocorreu na Bahia, Brasil, em 1835. Os documentos, de grande relevância para o APEB, careciam de descrições mais detalhadas no seu banco de dados, o que só seria possível com a leitura e a transcrição do conjunto documental. Assim, os alunos do Mooc, depois dos ensinamentos referentes à Paleografia tradicional e à Paleografia Digital, foram convidados a iniciar as atividades de transcrições pelo processo automatizado, utilizando o modelo M1, produzido no Brasil de 2019 a 2022. O processo apresentou duas vantagens: o ecossistema Wiki possibilita a intervenção coletiva com controles de validação o que garantiu a qualidade da transcrição final, e a utilização do Transkribus deu celeridade ao trabalho.</p>Alícia Duhá Lose
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2025-07-272025-07-271-210.48798/cadernosbad.3090Inteligência Artificial e memória profunda: transformando o acesso e a interpretação dos arquivos
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<p>Os arquivos constituem repositórios essenciais da memória, tanto individual quanto coletiva. Contudo, o acesso tradicional a estes acervos, frequentemente limitado por descrições e indexações manuais, tende a abordar apenas a superfície do seu potencial informativo. Propõe-se aqui uma exploração de como a Inteligência Artificial (IA) pode ser uma chave para desbloquear uma “memória profunda” nos arquivos, possibilitando novas abordagens de acesso e interpretação de grandes massas documentais. Analisam-se as dimensões de augmentação das capacidades arquivísticas, as implicações éticas, a redefinição do acesso e descoberta, e o futuro dos arquivos face à IA. Considera-se tanto a gestão do património existente quanto o desafio de arquivar os próprios sistemas de IA e os conteúdos por eles gerados, que constituirão parte significativa do património digital futuro. Argumenta-se que a integração da IA transcende a mera automação, exigindo diálogo interdisciplinar, atenção à ética e uma reavaliação das práticas arquivísticas fundamentais. A “memória profunda”, no contexto da história humana, reflete o impacto emocional duradouro de eventos e como eventos coletivos extremos moldam a memória e a identidade ao longo do tempo, algo que a IA, ao ajudar a perscrutar os acervos, pode auxiliar na sua revelação.</p>Luis Borges Gouveia
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2025-07-272025-07-271-210.48798/cadernosbad.3097Preservação Digital na Universidade de Aveiro: Estratégias e Desafios
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<p>Num cenário de proliferação de conteúdos digitais, a preservação digital apresenta desafios significativos para garantir o acesso e usabilidade a longo prazo (Digital Preservation Coalition, 2015). Neste sentido, a Universidade de Aveiro (UA) tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos dois anos um Plano de Preservação Digital (PPD) visando assegurar a longevidade, autenticidade e acessibilidade dos seus recursos digitais. Este artigo apresenta uma visão geral das estratégias e desafios da preservação digital, com foco no uso de tecnologias de código aberto, como o Archivematica e o Atom. Destaca-se a implementação de fluxos de trabalho para a ingestão de objetos digitais, desde a sua aquisição até ao acesso, em conformidade com o modelo funcional ISO-OAIS . O PPD da UA identifica e caracteriza a informação digital produzida, categorizando-a de acordo com necessidades operacionais e atribuindo prazos de conservação4. Determina procedimentos para evitar a obsolescência tecnológica e clarifica responsabilidades dentro da organização. Uma inovação significativa é a integração de inteligência artificial (IA) na transcrição de arquivos audiovisuais, otimizando o acesso e a descoberta de informação. Esta abordagem facilita a pesquisa e análise de grandes volumes de conteúdo audiovisual, tornando-o mais acessível e utilizável. O plano também aborda a gestão da mudança organizacional, atribuindo novas responsabilidades e imputando-as aos vários intervenientes no processo de preservação digital. Conclui-se que a integração de tecnologias de código aberto e a adoção de boas práticas são fundamentais para que o PPD possa assegurar a transmissão do conhecimento produzido, tanto no presente como no futuro. Este esforço garante o acesso através da curadoria, cumpre responsabilidades legais e contribui para a construção da memória coletiva e social da instituição.</p>Ana Cristina Fernandes Cortês Santana Ju JustinoLuísa FalcãoPedro LoboFilipe TranchoJosé VieiraRafael DireitoIsaac RaimundoEduardo SantosFilipe Bento
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2025-07-272025-07-271-210.48798/cadernosbad.3093Diretório Indexar | Recursos Digitais Abertos à Ciência e à Cultura
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<p>Este trabalho tem por objetivo apresentar a criação do Diretório INDEXAR, um novo serviço que se caracteriza por ser uma ferramenta altamente promotora do acesso ao conhecimento na área da ciência e da cultura. O trabalho descreve o contexto que permitiu a sua planificação, o seu financiamento, a importância do código-aberto no seu desenvolvimento, o retorno que se pretende para a comunidade e a preocupação da preservação digital.</p> <p>O INDEXAR, enquanto Diretório de Recursos Digitais, pretende facilitar à comunidade a descoberta e acesso a recursos digitais de ensino e de investigação. Este serviço disponibiliza online uma lista de repositórios e revistas científicas na área da ciência e da cultura e reúne, para cada recurso, meta informação específica, que permite aos utilizadores localizar ou identificar informação científica nas suas áreas de interesse.</p> <p>O INDEXAR tem como objetivo ser a fonte autoritativa de informação sobre repositórios e revistas nacionais e assegurar, de forma tão interoperável quanto possível, a presença destes em diretórios internacionais.</p>Paula Seguro de CarvalhoPaula MeirelesPaulo LopesJoão Mendes Moreira
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2025-07-272025-07-271-210.48798/cadernosbad.3091A Inteligência Artificial no acesso à informação em documentos manuscritos
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<p>A prática da paleografia de leitura tem acompanhado a evolução das novas tecnologias, atualmente também fazendo uso da Inteligência Artificial (IA). A Paleografia Digital é um campo fértil para auxiliar os arquivos e arquivistas na captação de informação, nomeadamente através do Reconhecimento de Texto Manuscrito (Handwritten Text Recognition - HTR), mas tem pouca ou nenhuma utilização em Portugal. O trabalho em apreço apresenta-se como um estudo exploratório que procura, na relação entre as funções de comunicação e acesso à informação com a Paleografia Digital, um método de trabalho em instituições detentoras de manuscritos, que acelere o acesso à informação, nomeadamente com a utilização do modelo de transcrição automática “Portuguese Handwriting 16th-19th century”, desenvolvido na plataforma Transkribus. Este modelo foi criado por uma equipa de paleógrafos portugueses e brasileiros liderados por Hervé Baudry no âmbito do projeto Transcrever os Processos da Inquisição Portuguesa (1536-1821) (TraPrInq), projeto exploratório subsidiado pela FCT (ref. HAR-HIS/0499/2021), que decorreu de 17.1.2022 a 16.7.2023 no CHAM-Centro de Humanidades.</p>Ana Margarida Dias da Silva
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