Masculino Feminino: um contributo para os estudos de género nas bibliotecas em Portugal

Autores

Palavras-chave:

Estudos de género, mulheres bibliotecárias, história das bibliotecas - Portugal

Resumo

Tradicionalmente, a profissão de bibliotecário é considerada uma profissão feminina, sendo efectivamente predominante o peso das mulheres no exercício do mester. No entanto, nem sempre foi assim e, nos países do Sul da Europa, nomeadamente em Portugal, até bem entrado o séc. XX o peso do sexo masculino era bem maior do que hoje em dia, contrastando com a distinta evolução que se verificou nos países anglo-saxónicos, onde o desenvolvimento das bibliotecas públicas e académicas a partir de meados do séc. XIX deu origem desde mais cedo a um exército de “operárias” dos serviços técnicos biblioteconómicos.

Ao mesmo tempo, os dados históricos relativos aos lugares de chefia das grandes bibliotecas revelam que, se bem que a maior parte dos bibliotecários fosse do sexo feminino, os directores de bibliotecas foram até um período recente, na sua maioria, homens.

Procurando contribuir para o desenvolvimento dos estudos de mulheres na área das bibliotecas em Portugal, nesta comunicação apresentam-se os casos de cinco grandes bibliotecas, analisadas do ponto de vista do género das chefias e numa perspectiva diacrónica, visando compreender o fenómeno da relação entre sexo e poder nas bibliotecas portuguesas.

Biografias Autor

Manuela Barreto Nunes, Universidade Portucalense, CIDEHUS/UÉ

Doutora em Documentação pela Universidade de Granada. Professora auxiliar da Universidade Portucalense - Departamento de Psicologia e Educação. Directora da Biblioteca Geral da Universidade Portucalense, membro eleito do seu Conselho Científico. Investigadora integrada no CIDEHUS - UÉ. Vogal da direcção da Delegação Regional do Norte da BAD e membro do grupo de trabalho de Bibliotecas Públicas.

Sílvia Cardoso, Escola Superior de Enfermagem Santa Maria

Bibliotecária na Biblioteca da Escola Superior de Enfermagem Santa Maria. Mestre em Educação e Bibliotecas.

Publicado

2015-10-21

Edição

Secção

Comunicações: IV – Promoção, integração e cidadania