A heterogeneidade na representação da informação musical: proposta de uma ontologia para a música
Palavras-chave:
Modelos conceituais para a informação musical, Música, Ontologia, Linked Open DataResumo
O crescimento da Internet e o consequente aumento do volume de informação sobre música agravou o problema relacionado com a descrição, consulta e partilha deste tipo de informação, manifestado pela enorme heterogeneidade estrutural e semântica ao nível da representação da informação musical em catálogos de bibliotecas, arquivos e museus, em bases de dados de universidades e centros de I&D, em bases de dados de rádios, editoras ou de serviços de streaming digital, como por exemplo o Youtube e o Spotify.
As soluções do passado que preconizavam a criação de um catálogo único centralizador, ainda presente no projecto RISM (Répertoire International des Sources Musicales), é uma meta já sem sentido. Uma nova abordagem pode passar pela criação de uma ontologia para a música, multilingue, que possa ser aplicada a diferentes catálogos e bases de dados. Para isso importa considerar os atuais vocabulários controlados e ontologias para a música, por forma a poder reutilizar esta informação numa ontologia única que permita promover a interoperabilidade entre serviços distribuídos, possibilitando finalmente uma pesquisa e recuperação de informação musical de caráter avançado e integral.Biografias Autor
Maria João Albuquerque, Instituto de Etnomusicologia-música e dança / FCSH-UNL
Helena Sofia Pinto, Instituto Superior Técnico- Universidade de Lisboa
José Borbinha, Instituto Superior Técnico- Universidade de Lisboa
José Borbinha é Professor Associado do Departamento de Informática do IST e Investigador do INESC-ID. Tem desenvolvido atividade de engenharia e investigação em “Arquitetura Empresarial” e “Sistemas de informação”, em particular em gestão de requisitos, modelação, desenho, e integração de sistemas, com um ênfase especial em problemas de gestão de risco, normalização e conformidade. Algumas das áreas de foco têm sido preservação digital, em bibliotecas e arquivos digitais.
Tem participado e coordenado projetos nacionais e internacionais sobre publicação digital e bibliotecas e arquivos digitais. Foi entre 1998 e 2005 Diretor dos Serviços de Inovação e Desenvolvimento da Biblioteca Nacional, onde lançou a Iniciativa da Biblioteca Nacional Digital. Foi consultor de vários programas relacionados, da Comissão Europeia e da NSF – National Science Foundation (Estados Unidos). Tem sido ainda membro regular dos Comités de Programa das conferências JCDL, TPDL (é o “chair” do “Steering Committee”, iPRES, etc. É membro do Comité Editorial do IJDL – International Journal of Digital Libraires, publicado pela Springer. É membro da Ordem dos Engenheiros (dos colégios de Engenharia Electrotécnica e de Engenharia Informática), do IEEE – Institute of Electrical and Electronic Engineers, da ACM – Association for Computer Machinery, e da BAD – Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas. Foi membro fundador do IEEE TCDL – Technical Committee on Digital Libraries, do qual foi o “chair” eleito entre 2008 e 2010. É representante nacional no “ISO/TC 46/SC 11 Archives/records management” e o gestor do projeto de elaboração do “ISO/DTR 21965 Information and documentation -- Records management in enterprise architecture”
