Avanços e limites da comissão Milton Santos de memória e verdade da UFBA: análise arquivística

Autores

  • Leandro Coutinho Bacharel em Arquivologia e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI/UFBA)
  • Zeny Duarte Professora Doutora Titular – Universidade Federal da Bahia (UFBA) Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI/UFBA)

Palavras-chave:

Comissão Milton Santos de Memória e Verdade, Análise arquivística, Direito à memória e à verdade, Justiça de transição, Universidade Federal da Bahia

Resumo

A ditadura civil-militar brasileira (1964-1985) instaurou no país um Estado de exceção. Nesse período, as violações aos direitos humanos e o cerceamento das liberdades individuais foram institucionalizadas no Brasil. No contexto universitário, espaço de tradicional efervescência política, o Estado autoritário atuou no sentido de reprimir e silenciar as vozes destoantes do novo governo. Antes mesmo do término da ditadura, um conjunto de ações começam a ser executadas com a finalidade de consolidar a justiça de transição no Brasil – a exemplo da criação das Comissões da Verdade. O objetivo do presente artigo é apresentar os avanços e limites da Comissão Milton Santos de Memória e Verdade (CMSMV), da Universidade Federal da Bahia(UFBA), assim como produzir uma análise arquivística no sentido de compreender a contribuição que a Arquivologia proporcionou aos trabalhos do colegiado. Acerca dos procedimentos metodológicos, essa investigação, com um enfoque descritivo e de abordagem qualitativa, caracteriza-se enquanto um estudo de caso, utilizando como técnica de coleta de dados a pesquisa bibliográfica. Conclui-se que, apesar das limitações impostas à referida comissão, foi possível perceber – a partir de uma análise arquivística – a contribuição da Arquivologia nos achados documentais e informacionais acerca do tema em tela, por meio de documentação selecionada.

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Publicado

2018-10-24

Edição

Secção

Comunicações: I – Memória, Património e Ciência Aberta