DigitArq e o novo módulo de interoperabilidade OAI-PMH

Autores

  • Luis Miguel Ferros KEEP SOLUTIONS
  • Susana Ramalho Filipe Biblioteca Municipal do Seixal
  • José Carlos Ramalho Departamento de Informática da Universidade do Minho & KEEP SOLUTIONS LDA

Resumo

Ao longo dos últimos anos, tem-se assistido à proliferação de entidades detentoras que disponibilizam através da Internet partes do seu acervo em formato digital (conteúdos de arquivo, registos bibliográficos, repositórios institucionais, objectos de ensino, etc.). O principal objectivo desta actividade é permitir aos seus utentes aceder ao catálogo do arquivo a partir de qualquer parte do mundo. Apesar da elevada quantidade de informação arquivística e conteúdos que se pode encontrar na Internet, essa informação continua dispersa, debaixo de estruturas heterogéneas (cada entidade detentora possui a sua interface de pesquisa e a sua maneira de disponibilizar a informação) e, sobretudo, com níveis de qualidade muito variáveis. No sentido de mitigar todos estes problemas surge a Rede Portuguesa de Arquivos, uma iniciativa da Direcção-Geral de Arquivos (DGARQ, 2009) que visa, entre outros objectivos, a criação de um portal de pesquisa que servirá de ponto de acesso privilegiado a toda a informação de arquivo produzida em território nacional. Trata-se do Portal Português de Arquivos. A mais recente versão do DigitArq, versão 3.1.8, vem agora acompanhada de um módulo designado Módulo de interoperabilidade OAI-PMH fazendo com que este software seja o primeiro produto nacional de gestão de arquivos definitivos a ser compatível com o Portal Português de Arquivos, assim como com outros agregadores de carácter internacional. Constituído por sete módulos funcionais, o DigitArq procura ir de encontro às necessidades globais de um profissional de arquivo, permitindo realizar tarefas diversas como a descrição arquivística, gestão de projectos de digitalização, publicação de catálogo na Web, navegação e pesquisa, gestão de utilizadores e gestão de produtividade. Este software pode ser descarregado gratuitamente a partir do sítio Web http://www.digitarq.pt. O módulo de interoperabilidade OAI-PMH foi desenvolvido tendo como principal objectivo ser 100% compatível com as directrizes de adesão ao Portal Português de Arquivos tornando, assim, as instituições que o utilizam aptas do ponto de vista tecnológico para adesão à Rede Portuguesa de Arquivos (DGARQ, 2008a, 2008b). Ao longo deste artigo irão ser abordados em detalhe os aspectos técnicos e políticos que estão subjacentes ao desenvolvimento do Módulo de interoperabilidade OAI-PMH, bem como a sua articulação com os agregadores, dos quais o Portal Português de Arquivos é um exemplo. Começaremos por dar uma visão alargada da arquitectura de funcionamento de um agregador OAI-PMH: como funciona, qual o seu papel face às entidades detentoras, que tecnologias é que o suportam, etc. Serão também apresentados os vários cenários de exploração. No artigo serão ainda descritas detalhadamente as características do Módulo de interoperabilidade OAI-PMH, i.e. normas utilizadas, mapeamentos em vigor, os formatos de metainformação suportados (com ênfase no subconjunto do Dublin Core (DCMI, 2009c) usado pelo OAI-PMH) e os resultados obtidos após validação da sua interface OAI-PMH recorrendo à Ferramenta de verificação de conformidade disponibilizada pela Direcção-Geral de Arquivos. Para concluir, serão apresentadas as vantagens da implementação deste módulo em aplicações que disponibilizam conteúdos na Internet focando a questão da interoperabilidade que se torna praticamente transparente para a entidade detentora

Biografias Autor

Luis Miguel Ferros, KEEP SOLUTIONS

Luís Miguel Ferros, Licenciado em Matemática e Ciências da Computação pela Universidade do Minho e Mestre em Sistemas de Dados e Processamento Analítico pela Universidade do Minho. Realizou trabalhos de consultoria e investigação na Universidade do Minho em projetos na área da gestão de informação, nomeadamente nos projetos DigitArq e CRAV em parceria com o Arquivo Distrital do Porto e a Direção-Geral de Arquivos.
É sócio fundador da KEEP SOLUTIONS, empresa que atua no desenvolvimento de soluções avançadas para a área da gestão de informação e preservação digital fornecendo produtos e serviços de suporte à criação e manutenção de arquivos, museus e bibliotecas digitais.

José Carlos Ramalho, Departamento de Informática da Universidade do Minho & KEEP SOLUTIONS LDA

Doutorado pela Universidade do Minho em Tecnologia da Programação. Licenciado em Engenharia de Sistemas e Informática. Nos anos oitenta trabalhou para várias empresas e instituições como formador, técnico de redes e programador. No início dos anos 90 trabalhou como freelancer no desenvolvimento de várias soluções de software. É professor universitário desde 1991 na área da programação e desenvolvimento de software. Durante este percurso esteve associado à génese de várias empresas. Em 2008, juntamente com dois alunos de pós-graduação pertencentes à sua equipe de investigação criou a KEEP SOLUTIONS LDA. Do seu currículum constam ainda inúmeras publicações científicas e pedagógicas englobando livros, artigos científicos, artigos na imprensa, textos pedagógicos, etc.Doutorado pela Universidade do Minho em Tecnologia da Programação. Licenciado em Engenharia de Sistemas e Informática. Nos anos oitenta trabalhou para várias empresas e instituições como formador, técnico de redes e programador. No início dos anos 90 trabalhou como freelancer no desenvolvimento de várias soluções de software. É professor universitário desde 1991 na área da programação e desenvolvimento de software. Durante este percurso esteve associado à génese de várias empresas. Em 2008, juntamente com dois alunos de pós-graduação pertencentes à sua equipe de investigação criou a KEEP SOLUTIONS LDA. Do seu currículum constam ainda inúmeras publicações científicas e pedagógicas englobando livros, artigos científicos, artigos na imprensa, textos pedagógicos, etc.

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Publicado

2010-04-09