Para uma cultura de normalização, sustentabilidade e ecologia na gestão da informação: o paradigma do ambiente digital na vida da Rede Municipal de Bibliotecas de Lisboa

Autores

  • César Augusto Ferreira Câmara Municipal de Oeiras, Biblioteca Municipal de Oeiras
  • Paulo Silva Câmara Municipal de Lisboa - Divisão de Gestão de Bibliotecas
  • Leonor Gaspar Pinto Bibliotecas Municipais de Lisboa; Universidad de Alcalá

Resumo

O texto que aqui se apresenta pretende partilhar a experiência da Rede Municipal de Bibliotecas de Lisboa (RMBL), a partir da identificação, dentro da estratégia de intervenção da Divisão de Gestão de Bibliotecas (DGB), da actividade crítica Acesso Remoto a Produtos e Serviços e da subsequente criação da Área Gestão de Objectos Digitais, na produção normalizada de objectos digitais. É também intenção dar a conhecer a génese e o estado-da-arte quando se fala numa cultura de normalização, sustentabilidade e ecologia na gestão de informação.
A RMBL insere-se numa realidade única em que a diversidade de plataformas digitais é um facto. Contudo, e embora esta multiplicidade possa ser expressão de uma riqueza de conteúdos, há factores que constrangem uma presença sólida, por parte da RMBL, no ambiente digital contemporâneo. A produção não normalizada de objectos digitais, a falta de integração e a ausência de interoperabilidade são exemplos disso. Assim, e de forma a garantir uma presença consolidada neste ambiente, foi necessário desenvolver um conjunto de procedimentos que viriam a ser, nada mais, nada menos, do que a operacionalização da actividade crítica Acesso Remoto a Serviços e Produtos em que se inclui a Área Gestão de Objectos Digitais. Desta operacionalização nasceu a vertente ecológica para a gestão de informação, nomeadamente na produção de objectos digitais. Devido aos problemas encontrados, essencialmente, ao nível dos recursos tecnológicos e materiais, foi necessário repensar modos de fazer que garantissem uma produção de objectos com qualidade, mas que não exigisse um grande consumo de recursos. Pretende-se então, com este texto, dar a conhecer o cenário da RMBL no contexto digital, partilhar o que foi feito para colmatar os problemas identificados, incluindo o surgimento do sentido ecológico na gestão da informação, e apresentar os passos futuros que se pretendem desenvolver.

Biografias Autor

César Augusto Ferreira, Câmara Municipal de Oeiras, Biblioteca Municipal de Oeiras

Nascido na Ilha da Madeira a 22 de Abril de 1976 rumou, em 1994, a Lisboa onde frequentou, por três anos, engenharia informática no Instituto Superior Técnico. Em 1998 opta por Filosofia e conclui este mesmo curso passados cinco anos. De 1999 a 2010 trabalha na Câmara Municipal de Lisboa, Rede Municipal de Bibliotecas de Lisboa, como animador cultural e, após finalizar a Especialização em Ciências da Documentação e Informação, variante de Biblioteconomia, como bibliotecário. Em 2010 conclui o Mestrado na mesma área e inicia funções como bibliotecário na Câmara Municipal de Oeiras, mais propriamente na Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras, onde lidera o Serviço de Recortes de Imprensa.

Leonor Gaspar Pinto, Bibliotecas Municipais de Lisboa; Universidad de Alcalá

Bibliotecária e investigadora. MSc Information Management (University of Sheffield). Doutoramento em Documentacão (Universidad de Alcalá).
Técnica superior da Câmara Municipal de Lisboa. Assistente convidada no Mestrado em Ciência da Informação e Documentação da Universidade Nova de Lisboa.

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Publicado

2010-04-09