Bibliotecas Digitais para as Humanidades: novos desafios e oportunidades

Autores

  • Dália Maria Guerreiro Universidade de Évora / CIDEHUS
  • José António Calixto Biblioteca Pública de Évora CIDEHUS-UÉ (Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora) FCSH-UNL (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa)
  • José Borbinha Instituto Superior Técnico - INESC-ID

Palavras-chave:

Biblioteca digital, digital humanities, ciências humanas

Resumo

Este artigo apresenta uma revisão preliminar da literatura sobre digital humanities (DH), entendida como uma área que abrange as humanidades, as ciências de computação e as ciências da informação e da documentação. É uma área de investigação que agrega várias categorias institucionais, nomeadamente, universidades e organizações de profissionais. As atuais linhas de investigação procuram dar visibilidade à informação disponibilizada e reutilizá-la, alargando o âmbito de utilização pelas comunidades académicas e escolares. Os projetos desenvolvidos são documentados e constituem a base do desenvolvimento da área de digital humanities, incluindo um conjunto de boas práticas para futuros trabalhos. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer: por um lado, há que convencer os céticos de que a adoção de digital humanities não vai desvirtuar a investigação nas humanidades e que o computador é uma ferramenta adequada à investigação neste domínio; por outro lado, é necessário moderar os mais entusiastas que encaram da área de digital humanities como a solução para resolver todos os problemas, incluindo o financiamento dos projetos de humanidades. Os desafios concretos que a área de digital humanities enfrenta atualmente prendem-se sobretudo com a revisão do direito de autor, a preservação digital e a metodologia a seguir.

Biografias Autor

Dália Maria Guerreiro, Universidade de Évora / CIDEHUS

Licenciada em Física, pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, com a classificação de 15 valores.

Mestre em Estudos de Informação e Bibliotecas Digitais, pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresas (ISCTE), com a classificação máxima de Muito Bom.

Doutoranda na Universidade de Évora no Programa de Doutoramento em Ciências da Informação e da Documentação

Integrou o comissariado técnico das seguintes exposições museológicas, sendo responsável pelos respectivos sistemas informáticos de dados:

-   Encontro de Culturas, Oito Séculos de Missionação Portuguesa (1993-1994), no Mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa;

-   Incontro di Culture (1995-1996), no Braccio Carlo Magno da Basílica de S. Pedro, no Vaticano;

-   Fons Vitae, apresentada no Pavilhão da Santa Sé na Expo’98, em Lisboa, onde assumiu as funções de directora de pavilhão;

-   S. Francisco Xavier, no Japão (1998-1999), durante a itinerância entre Yamagushi e Tóquio.

Técnica superior na estrutura de projecto Inventário do Património Cultural (1997/2000), com funções de apoio à respectiva Direcção.

Investigadora na Mediateca Intercultural da Universidade Católica (1995-2000), colaborou na criação e desenvolvimento um sistema de bases de dados relativas ao património imóvel religioso em zonas de influência portuguesa e participou no projecto Thesaurus de vocabulário de objectos do culto católico, coordenado pelo Istituto Central per il Catalogo e la Documentazione (Itália) e em parceria com a Caisse Nationale des Monuments Historiques et des Sites (França), Réseau Canadien d’Information sur le Patrimoine (Canadá) e The Getty Information Institute.

De 2001-2011, sócia-gerente da DigiCult – Produções Digitais.

José António Calixto, Biblioteca Pública de Évora CIDEHUS-UÉ (Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora) FCSH-UNL (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa)

Bibliotecário, professor e investigador. É licenciado em História e pós-graduado em Ciências Documentais pela Universidade de Lisboa, e doutorado (PhD, Librarianship) pela Universidade de Sheffield com uma tese sobre “Os papéis educacionais das bibliotecas públicas em Portugal”.
Presentemente é director da Biblioteca Pública de Évora e Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, depois de ter sido professor do Ensino Secundário em várias escolas do país e bibliotecário responsável pela Biblioteca Pública Municipal de Setúbal. Colaborou como docente na área dos Estudos de Informação na Universidade de Évora, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e no ISCTE. É investigador do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora, e orienta actualmente algumas teses de Mestrado e de doutoramento nesta área.
Os seus principais interesses de estudo e investigação centram-se nos métodos de investigação em ciências da informação e documentação, na importância social das bibliotecas e a sua relevância para a educação, gestão de colecções, pesquisa e recuperação de informação, literacia da informação e sociedade da informação. É convidado frequente em seminários e conferências em Portugal e no estrangeiro, tendo colaboração dispersa em várias revistas especializadas e actas de congressos e encontros científicos. Publicou A Biblioteca Escolar e a Sociedade da Informação (Caminho, 1996), e, como editor, Frei Manuel do Cenáculo : Construtor de Bibliotecas, co-ed. (Caleidoscópio, 2006); Bibliotecas para a vida : Literacia, conhecimento, cidadania (Colibri, CIDEHUS-EU, 2007), Ter ou não ter bibliotecário escolar : Valor e impacto dos recursos humanos nas bibliotecas escolares (Fundação Calouste Gulbenkian, 2007); Para além da Branca de Neve : Bibliotecas educação e literacia da informação (Colibri,CIDEHUS-UE,  2010) e Bibliotecas para a vida II : Bibliotecas e leitura (Colibri, CIDEHUS-UE,  2010.

José Borbinha, Instituto Superior Técnico - INESC-ID

José Borbinha é Professor do Departamento de Engenhaira Infomática do IST. É membro da Ordem dos Engenheiros e da BAD, assim como da ACM, IEEE e INCOSE.

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Publicado

2012-10-18

Edição

Secção

Comunicação: 2. Tecnologia ao serviço dos utilizadores