Preservação digital de longo prazo em instituições patrimoniais - Reutilização e adaptação de metadados

Autores

  • Fernanda Campos Biblioteca Nacional de Portugal
  • Maria Lurdes Saramago Biblioteca de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Resumo

O meio digital tem vindo a definir-se ao longo do últimos anos, como preferencial durante a criação e troca de informação, contudo verifica-se ainda a existência de algumas limitações no que diz respeito à sua preservação para que possa ser recuperado dentro de 20 ou 50 anos.

Cada recurso digital armazenado deve ser enquadrado por metadados de forma a que a sua descrição para preservação futura esteja estruturada. Os metadados de preservação devem conter informação descritiva de carácter bibliográfico, estrutural e administrativo.

Chamamos a atenção para o modelo OAIS (Open Archive Information System), que tem vindo nos últimos 4 anos a ser adaptado por um vasto grupo de comunidades, dadas as suas potencialidades para um enquadramento de aplicação alargada. Este modelo encontra-se em fase de auscultação de resultados e revisão.

Analisam-se os resultados do grupo de trabalho PREMIS (Preservation Metadata: Implementation Strategies Working Group) subsidiado pela OCLC/RLG e instalado na Biblioteca do Congresso. Este grupo tem vindo a observar e discutir a selecção e adaptação de matrizes de metadados consideradas eficazes dentro das comunidades.

A actividade do grupo ICABS-CDNL (IFLA-CDNL Alliance for Bibliographic Standards) também ele envolvido nesta matéria constitui de igual forma motivo de estudo e desenvolvimento nesta comunicação.

Pretende-se que os esquemas de metadados de preservação e seus conteúdos sejam exaustivos e percorram todo o ciclo de vida dos recursos digitais. Uma parte será criada através de software, sem recurso ao elemento humano, mas outra necessita de ser processada por pessoal especializado. Nenhum esquema de metadados é perfeito e deverá sempre ponderar-se a possibilidade de interoperabilidade através do estabelecimento de crosswalks. O esquema RDF permite a reutilização e permuta de diversos vocabulários, contudo é indispensável o estabelecimento prévio de critérios para a sua reutilização.

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Publicado

2007-03-30