Tratamento e Conversão dos Documentos Digitais: a experiência do Senado Federal
Resumo
O Senado Federal é guardião de inestimável acervo audiovisual, que inclui áudio, imagens em movimento, fotografias, documentos eletrônicos e matérias impressas. Os registros geram um crescimento exponencial no volume de mídias, considerando a intensificação dos trabalhos legislativos e a implantação de um complexo próprio de comunicação social, com emissoras de rádio e TV, agências de notícias na internet e jornal impresso.
Ao atribuir à digitalização a condição de opção única para garantir a integridade e o acesso devido ao acervo, foram abertas possibilidades e enfrentados instigantes desafios. O trabalho objetiva apresentar um panorama do processo de digitalização desses documentos por meio de equipamento especializado (hardware) e de um sistema (software), adquiridos pelo Senado, para proceder à gestão e digitalização do acervo.
A compra do sistema de armazenamento digital deu ao Senado Federal as condições para que a digitalização pudesse ser compreendida como um processo estratégico de gestão arquivística, que agora passa a ser gerido por uma nova unidade administrativa recentemente acrescentada à estrutura da Casa, o Cedoc Multimídia.
Além disso, a iniciativa propicia e estimula a observância cautelosa dos processos de migração dos formatos analógicos para o digital, e impõe à própria instituição a construção de uma cultura integrada e normalizada de tratamento documental, para evitar a perda dos documentos, memória e herança da humanidade. E mais: consolida a idéia de que os documentos audiviosuais romperam a fronteira de “documentos especiais”.
A responsabilidade imposta ao CEDOC Multimídia foi assumida com coragem por considerar que, para além das máquinas e dos programas de computador são as pessoas que fazem a diferença, diante de mudanças e descobertas que ocorrem em ritmo vertiginoso, e são eles – os profissionais da era da informação – que poderão garantir às gerações futuras patrimônio tão valioso..