A gestão de colecções nas bibliotecas públicas portuguesas: as bibliotecas do Alto Minho
Resumo
A gestão de colecções trata-se de uma área das Ciências da Informação que só tem sido pouco tratada em Portugal, apesar da importância que lhe é dada por especialistas nacionais e estrangeiros.
De acordo com as Directrizes da IFLA/UNESCO é fundamental que as colecções continuem a ser desenvolvidas numa base permanente e a ir de encontro às exigências dos novos serviços e de níveis de utilização em mudança.
Nesta comunicação, após uma ligeira introdução ao tema, no sentido de estabelecer os princípios básicos e o enquadramento da problemática, passará a apresentar-se os pontos essenciais no estabelecimento de um plano de gestão de colecções. Algumas das questões levantadas não são necessariamente novas mas servem também para justificar a implantação de uma política de gestão de colecções.
Ao falar de um plano de gestão de colecções iremos abordar os pontos essenciais: avaliação previa das colecções existentes, necessidades de informação da comunidade, desenvolvimento de colecções, selecção e aquisição de recursos de informação, desbaste das colecções, desenvolvimento cooperativo de colecções e partilha de recursos, preservação de colecções, questões legais e éticas.
No momento em que a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas está prestes a completar 20 anos, parece ser a altura certa para saber o que se tem andado a fazer nesta matéria. Na impossibilidade de avaliar a situação a nível nacional decidimos centrar-nos na região onde trabalhamos e cuja realidade conhecemos melhor, assim entrevistaram se os bibliotecários do distrito de Viana do Castelo para fazer o ponto da situação relativamente à política de gestão de colecções. O principal enfoque irá ser as questões relacionadas com a selecção/aquisição e o desbaste das colecções. No final irão apresentar –se algumas propostas de desenvolvimento cooperativo de colecções.