A nova arquitectura da Administração Pública, os arquivos e o papel da DGARQ: como transformar ameaças em oportunidades
Resumo
A comunicação apresenta as últimas mudanças em torno da arquitectura organizacional da Administração Pública (AP) portuguesa, sobretudo as que implicam a reestruturação dos serviços centrais dos Ministérios e a implementação de actividades de gestão dos arquivos e dos recursos de informação e documentação arquivística, no âmbito das secretarias-gerais, enquadradas pelas novas leis orgânicas publicadas em 27 de Outubro de 2006. Depois procura responder a várias questões críticas em torno destas transformações: O que deviam fazer e o que fizeram os organismos e as secretarias-gerais para preparar a mudança para os novos cenários ? Qual o melhor modelo e estrutura para optimizar o funcionamento dos sistemas de arquivo dos organismos da Administração Central do Estado e a ajuda arquivística prestada pelas secretarias-gerais? Qual o apoio que o órgão de coordenação da política nacional de arquivos pode e deve fornecer ao processo de mudança ?
A parte final da comunicação aborda os produtos e serviços disponibilizados pelo Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (IAN/TT) para suportar o processo de transformação organizacional e arquivístico, a exemplo das “Orientações para a gestão de documentos de arquivo no contexto de uma reestruturação da Administração Central do Estado”. Analisa ainda os que poderão ou deverão ser criados pela nova Direcção-Geral de Arquivos (DGARQ) para transformar o que parecem ser ameaças em oportunidades para a qualificação dos sistemas de arquivo da AP, componente fundamental da rede nacional. Entre todos eles, destaca-se a possibilidade de desenvolvimento de programas de apoio aos arquivos dos organismos da Administração Central do Estado que permitam estimular a adopção generalizada de políticas e boas práticas de gestão integrada de arquivos, possibilitando deste modo uma melhor gestão da informação e do conhecimento nestas organizações, com evidentes benefício para elas e para os cidadãos – clientes.