A Inteligência Artificial no acesso à informação em documentos manuscritos

Autores

  • Ana Margarida Dias da Silva Faculdade de Letras da Universidade de CoimbraCIC.Digital Porto / CITCEM

DOI:

https://doi.org/10.48798/cadernosbad.3095

Palavras-chave:

Paleografia digital, Acesso à informação, Comunicação da informação, Handwritten Text Recognition, Arquivos

Resumo

A prática da paleografia de leitura tem acompanhado a evolução das novas tecnologias, atualmente também fazendo uso da Inteligência Artificial (IA). A Paleografia Digital é um campo fértil para auxiliar os arquivos e arquivistas na captação de informação, nomeadamente através do Reconhecimento de Texto Manuscrito (Handwritten Text Recognition - HTR), mas tem pouca ou nenhuma utilização em Portugal. O trabalho em apreço apresenta-se como um estudo exploratório que procura, na relação entre as funções de comunicação e acesso à informação com a Paleografia Digital, um método de trabalho em instituições detentoras de manuscritos, que acelere o acesso à informação, nomeadamente com a utilização do modelo de transcrição automática “Portuguese Handwriting 16th-19th century”, desenvolvido na plataforma Transkribus. Este modelo foi criado por uma equipa de paleógrafos portugueses e brasileiros liderados por Hervé Baudry no âmbito do projeto Transcrever os Processos da Inquisição Portuguesa (1536-1821) (TraPrInq), projeto exploratório subsidiado pela FCT (ref. HAR-HIS/0499/2021), que decorreu de 17.1.2022 a 16.7.2023 no CHAM-Centro de Humanidades.

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Biografia Autor

Ana Margarida Dias da Silva, Faculdade de Letras da Universidade de CoimbraCIC.Digital Porto / CITCEM

Natural de Coimbra, licenciada em História, variante de História da Arte e com Curso de Especialização em Ciências Documentais, ramo Arquivo, ambos pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e mestre em Ciências da Informação e Documentação – Área de Especialização em Arquivística (FCSH-UNL), tem desempenhado funções de técnica superior de arquivo desde 2004, tendo dedicado a sua atividade à oraganização e representação de informação em arquivos definitivos.

Trabalhou no Arquivo da Universidade de Coimbra (2004-2008), no arquivo da Confraria da Rainha Santa Isabel (2010) e no Arquivo de Botânica da Universidade de Coimbra (2011-2013); desde 2010 é responsável pelo arquivo da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco (Coimbra). É bolseira do Arquivo da Universidade de Coimbra (2014-2015).

Dos trabalhos publicados destaca: “Mitra Episcopal de Coimbra: descrição arquivística e inventário do fundo documental”; “O Arquivo da Família Lucena (séc. XVII-XX). Descrição Arquivística e Catálogo”; e “Inventário do Arquivo da Venerável Ordem Terceira da Penitência de S. Francisco da Cidade de Coimbra (1659-2008)”. Instrumentos de Descrição Documental 2. Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa, 2013. Disponível no repositório da institucional da Universidade Católica: http://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/10334/4/IDDs2InventarioOrdemTerceira.pdf; “Catálogo de correspondência recebida por Augusto Goltz de Carvalho (1878-1914): reunião intelectual de documentos fisicamente dispersos”. Boletim do Arquivo da Universidade. Vol. XXVII, 2014, pp.77-258. Em co-autoria com António Carmo Gouveia e M. Teresa Gonçalves. Disponível em: http://iduc.uc.pt/index.php/boletimauc/article/view/1762

Sócia efectiva BAD n.º 2966

Secretária BAD Centro (2015-2017)

Referências

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Publicado

27-07-2025

Como Citar

Silva, A. M. D. da. (2025). A Inteligência Artificial no acesso à informação em documentos manuscritos. Cadernos BAD, (1-2). https://doi.org/10.48798/cadernosbad.3095

Edição

Secção

Jornadas Open Source