Editorial

Autores

  • Isabel Andrade

DOI:

https://doi.org/10.48798/cadernosbad.817

Resumo

Foi com o objectivo de dar conta da discussão internacional sobre o tema do livre acesso ao conhecimento científico que este número dos Cadernos BAD foi pensado, procurando ser mais um contributo para o estudo daquela problemática.
O importante desafio que a investigação representa, tanto em matéria de conhecimento como de desenvolvimento, salienta-se num dos artigos, obriga a que se comecem a utilizar, de forma sistemática, canais optimizados de livre comunicação entre a comunidade académica e, por isso, a acção concertada entre instituições e indivíduos se revela tão importante na implementação das políticas de livre acesso.
A impossibilidade de encarar o futuro da comunicação académica sem ter em linha de conta o livre acesso é abordada mais adiante, apontando-se para a importância da política de auto-arquivo, de acordo com os princípios do paradigma de acesso livre, e para o papel que os repositórios institucionais desempenham nas universidades em Portugal, na Europa e no mundo.
A forma como estes novos modelos se tornam essenciais em áreas onde os princípios de livre acesso à informação e ao conhecimento se prendem aos do direito a esse acesso, como é o caso das ciências da saúde, é aqui assinalada sendo apontados exemplos em que as duas vias alternativas e complementares do livre acesso têm coexistido pacificamente: a publicação de trabalhos científicos em revistas editadas em open access e a de artigos publicados em revistas científicas tradicionais disponíveis em open archives.
O potencial desta nova forma de acesso à literatura científica não nos pode deixar indiferentes. Todos os intervenientes no processo sabem ser irreversível o caminho já percorrido por este movimento, apenas subordinado, em última análise, às preocupações de estímulo à criatividade e à inovação.
Os profissionais de informação portugueses, reunidos no 8.º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, em Maio de 2004, no Estoril, já reconheceram e apoiaram as definições, objectivos e princípios do acesso livre tal como definidos na Declaração da Budapest Open Access Initiative e na Declaração de Berlim sobre o Acesso ao Conhecimento nas Ciências e Humanidades.
Que este número dos Cadernos BAD cumpra o seu objectivo ao reintroduzir a reflexão directa e indirecta em questões sobre as quais nunca está tudo dito… Porque suscitam a vontade de repensar. Para aprender. Para agir.

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Publicado

30-06-2005

Como Citar

Andrade, I. (2005). Editorial. Cadernos BAD, (1). https://doi.org/10.48798/cadernosbad.817